O Distrito Ranchão, localizado a cerca de 65 quilômetros de Nova Mutum, vive uma situação preocupante e que tem tirado o sossego dos moradores: o aumento dos ataques de cães soltos pelas ruas. Desde o início do ano, ao menos quatro pessoas — entre elas três crianças — foram mordidas e precisaram de atendimento médico e vacinação contra a raiva no posto de saúde local.
O primeiro caso registrado ocorreu em 16 de janeiro, quando uma criança foi atacada por seis cães na Rua dos Jatobás. O incidente só não terminou em tragédia graças à intervenção de um morador que conseguiu afastar os animais.
Nos meses seguintes, novos ataques foram registrados. Uma das vítimas, uma criança que brincava nas imediações do parquinho do distrito, foi mordida por um cão cujo dono não foi identificado. Em outro caso, ocorrido neste domingo (12), uma moradora relatou em um grupo de WhatsApp um momento de desespero quando seus filhos foram surpreendidos por um cachorro que pulou um muro baixo enquanto subiam a Avenida Central. O filho mais velho acabou sendo mordido ao tentar proteger os irmãos.
Segundo a moradora, o dono do animal negou ser responsável, mesmo com o cachorro retornando ao mesmo lote após o ataque. Ela afirma que levará o filho para vacinar e cobra mais responsabilidade dos proprietários de cães. “A partir de agora, farei denúncias formais. Não é justo ver outras crianças correndo o mesmo risco. Os donos precisam manter seus animais presos e seguros”, desabafou.
Na tarde desta segunda-feira (13), a situação ganhou ainda mais gravidade. Um morador enviou à reportagem um vídeo mostrando três crianças sendo atacadas por pelo menos três cães na Avenida das Aroeiras. As imagens geraram revolta e indignação na comunidade.
Moradores afirmam que o problema é antigo e que já pediram diversas vezes uma solução ao poder público, sem retorno efetivo. “Estamos com medo de deixar nossas crianças brincarem na rua. Falta ação da Prefeitura e da Vigilância Sanitária”, lamentou um morador.
A comunidade do Ranchão pede que as autoridades municipais adotem medidas urgentes, como campanhas de conscientização, recolhimento de animais soltos e aplicação de penalidades aos donos negligentes. Enquanto isso, o clima de medo persiste, e os ataques continuam a expor o descaso e a falta de controle sobre os animais de rua e domésticos na região.
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