Vizinhos do assassino da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48, narraram que ouviram gritos horríveis vindo da casa durante a madrugada do domingo (13), local onde a vítima foi violentamente espancada, estuprada e morta por asfixia.
Inquérito que apura o feminicídio praticado pelo ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está sob sigilo, conforme informações do Tribunal de Justiça.
Outro depoimento esperado para esta quarta-feira (16) é de uma enfermeira, namorada do assassino, que chegou a ser cogitada como suspeita no crime, mas teve a participação praticamente descartada. Ela teve apenas dois encontros com Almir e, no dia do crime, passou a
noite de plantão, em unidade de saúde.
Ela estava na casa dele, no bairro Santa Amália, quando os policiais civis fizeram a abordagem ao suspeito na noite de domingo, depois de obterem imagens de câmeras de segurança de moradores próximos que mostravam ele deixando a casa, na direção do veículo Jeep da vítima. Dali ele abandonou o veículo com o corpo da advogada já enrijecido, no banco do passageiro, no estacionamento do Parque das Águas, cerca de 6 quilômetros da sua casa. A hipótese mais provável é que
ele chamou a namorada para ficar com ele já prevendo um álibi, caso fosse apontado como suspeito.
Quando a namorada chegou à casa, ele já havia tentado limpar os vestígios de sangue, lavando o chão e colocando a roupa
de cama para lavar. Mas o sangue foi localizado, com uso de reagente químico, pela perícia. Sinais de sangue em móveis onde a vítima foi atirada, provocando diversas lesões e na cama do acusado.
Depois de apresentar várias versões para a suposta morte acidental da advogada, Almir optou por se manter calado. Em
audiência de custódia, na tarde de segunda-feira, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela juíza Suzana
Guimarães Ribeiro, que determinou que ele fosse encaminhado para uma unidade prisional comum e não para internação no
Hospital Adauto Botelho, onde não foi aceito no dia 29 de junho, depois de ser cumprido mandado de captura contra ele.
A informação extraoficial é que foi encaminhado para a Cadeia Pública em Chapada dos Guimarães (67 km ao norte).
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