Envolvidos na tortura, morte e ocultação de cadáver da jovem de Rhayane Sales da Costa, 23, em Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá), foram alvos da Operação Vale das Sombras, deflagrada na manhã desta quarta-feira (18). Na ação foram cumpridos 11 mandados de prisão nas cidades de Primavera, Sorriso, Rondonópolis e Cuiabá.
Entre os alvos, estão líderes e outros membros de uma facção criminosa identificados como mandantes, executores e facilitadores da morte da vítima, dois deles já estão presos em unidades penitenciárias do Estado. Os investigados responderão pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado com grave sofrimento físico, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrar organização criminosa.
A vítima estava desaparecida desde abril deste ano e teve o corpo localizado em uma região de mata no Vale Verde, em Primavera do Leste, nesta segunda-feira (16), em diligências realizadas pela Polícia Civil já dentro dos trabalhos da operação.
As investigações apontaram que o crime está relacionado à disputa entre facções, uma vez que a vítima estava supostamente ligada a uma facção criminosa rival, tendo sua execução sido determinada pelo grupo criminoso inimigo, pertencente aos investigados. Tortura, homicídio e ocultação de cadáver. As buscas para apurar o desaparecimento da vítima iniciaram-se depois que a mãe da jovem registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no município de Sorriso.
Ela relatou que a filha havia viajado para Primavera do Leste acompanhada de uma amiga, sendo vista pela última vez em uma boate na cidade. Após esse fato, a jovem não manteve mais contato com familiares, nem com pessoas conhecidas. Durante as investigações, foi descoberto que a jovem foi atraída para uma emboscada, sendo sequestrada por integrantes de uma facção criminosa rival à que pertencia e levada a um imóvel abandonado, localizado entre os bairros Vale Verde e Bela Vista.
No local, a vítima foi mantida sob cárcere privado, torturada e, posteriormente, assassinada, tendo o corpo ocultado logo após o crime. Imagens obtidas no curso da investigação e diligências no local apontaram para fortes indícios de que a vítima esteve presa em um imóvel abandonado, sem reboco, com objetos como almofadas e móveis que coincidiam com registros fotográficos da vítima antes da morte.
Envolvidos no crime
Os elementos levantados durante as investigações apontaram que a estruturação do crime e a ordem de execução partiram de membros da facção criminosa, incluindo seus principais líderes em Primavera do Leste, que atualmente se encontram presos em unidades penitenciárias do estado, onde terão novos mandados de prisão preventiva cumpridos. Além dos dois líderes apontados como mandantes do crime, outros 9 faccionados foram identificados como executores ou facilitadores da ação criminosa e também tiveram mandados de prisão preventiva decretados pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste.
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