Armamento pesado apreendido no Tocantins durante Operação Canguçu é entregue à Polícia Civil de Mato Grosso

POLÍCIA

Justiça do Tocantins determinou que investigações sejam feitas por equipes do estado vizinho ao Tocantins. Munições e outros materiais foram levados para Confresa (MT).

Todo o armamento de grosso calibre, coletes à prova de balas, capacetes, munições, motores de barcos e outros itens apreendidos nas ações da operação Canguçu foram entregues à Polícia Civil de Mato Grosso. O estado será responsável por investigar o grupo suspeito de atacar Confresa (MT) e que fugiu para o Tocantins.

De acordo com a Polícia Civil, equipes do Tocantins estiveram na cidade mato grossense para entregar dois fuzis de calibre .50, um fuzil calibre 762, munições de calibres 556, 762 e .50, além de outros materiais que estavam em poder do bando.

Pelo menos 17 criminosos ainda estão sendo procurados pelas forças integradas de segurança na Operação Canguçu. O cerco à quadrilha completou nove dias nesta terça-feira (18). Depois de confrontos com, dois suspeitos foram mortos e um acabou preso.

A entrega do armamento e materiais atende decisão da Vara Criminal da Comarca de Cristalândia, que determinou que as autoridades de Mato Grosso investiguem o grupo criminoso. As armas foram periciadas pela Polícia Científica do estado vizinho.

Policiais de cinco estados fazem busca de grupo criminoso — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Cerco fechado

A perseguição começou no domingo (9) quando criminosos atacaram a cidade de Confresa, no Mato Grosso. Segundo a polícia, o grupo faz parte de uma quadrilha do ‘novo cangaço’. Fortemente armados, eles atiraram contra a base da PM, incendiaram pneus e veículos e tentaram assaltar uma empresa de valores, a Brinks.

Em seguida, fugiram para o Tocantins. A suspeita é que eles tenham atravessado os rios Araguaia e Javaés, em embarcações, até chegarem à Ilha do Bananal, na segunda-feira (10). Depois, tentaram afundar os barcos para não deixar rastros.

Fuzis com alto poder de destruição foram apreendidos na Operação Canguçu — Foto: Divulgação/ Polícia Militar

Enquanto continuavam a fuga pelo município de Pium, se depararam com uma viatura da Patrulha Rural da PM, que fazia uma ronda rotineira. Militares e suspeitos entraram em confronto. Depois disso, eles se dividiram. Um dos grupos invadiu a fazenda Agrojan, fez uma família refém e roubou veículos.

Ainda na segunda, turistas estrangeiros e funcionários do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tiveram que ser retirados às pressas da unidade por causa dos confrontos. Segundo informações, os criminosos chegaram a entrar no centro de pesquisa e roubaram um barco, que foi encontrado posteriormente pela equipe policial.

Na quarta-feira (12), Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada.

O governador do Tocantins visitou o Posto de Comando da Operação Canguçu. Wanderlei Barbosa destacou a importância da integração das polícias estaduais, agradecendo os governadores do MT, PA, GO e MG que enviaram suas tropas para reforçar a operação. A visita aconteceu na região de Pium e Marianópolis, na base da Operação.

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