Nova Mutum, 12 de Dezembro de 2024

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Viúva revela que PM foi assassinado com a própria arma; “Esse investigador fez uma covardia”

Foto: Reprodução

A viúva do policial militar Thiago de Souza Ruiz, Valkiria Filipadi Correa, falou com jornalistas após prestar depoimento na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. Sob a condição de não ter o rosto exposto, ela contou que teve acesso às imagens de câmeras de segurança e revelou que o policial civil Mário Wilson Vieira tomou a arma do PM e a utilizou para cometer o crime.

“Tinham três pessoas sentadas na conveniência e meu marido levantou a blusa para mostrar uma cicatriz que ele tem embaixo do braço. Nisso, o policial civil Mario Wilson levantou e retirou a arma que estava na cintura do meu marido e nisso meu marido continuou calmo, sentado”, contou.

Em seguida, segundo Valkiria, eles voltaram a conversar e o marido foi tentar retirar a arma das mãos do policial civil. Nesse momento, teve início uma briga, momento em que Thiago foi alvejado nove vezes, com a própria arma.

“Houve uma covardia. O policial civil cometeu uma covardia contra o meu marido. Independente de qualquer coisa, independente de qualquer briga, isso não se faz. Ele, como policial, sabe que não pode retirar a arma da cintura de outro policial”, disse a viúva.

“E eu espero que a Justiça seja feita, que a Polícia Civil apure com rigor isso aí, porque meu marido tem uma filha de dez anos que está agora nesse momento perguntando do pai. Eu tenho, posso ter meus problemas com ele, mas ele sempre foi um excelente policial, a Polícia Militar sabe disso”, concluiu.

Morte em conveniência

Thiago estava em uma conveniência, na madrugada desta quinta-feira (27), quando se desentendeu com o investigador da Polícia Civil, Mario Wilson Vieira. Os dois entraram em luta corporal e o policial civil atirou no militar.

Thiago chegou a ser socorrido para o Hospital Jardim Cuiabá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo em seguida.

O policial civil fugiu logo após o crime, mas se entregou horas depois na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, onde está prestando depoimento.

ReporterMT

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