O juiz substituto Carlos Eduardo Pinho Bezerra pronunciou o Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, que desferiu 70 facadas e machadadas no colega de trabalho, Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, devido a uma discordância política. Ele deverá permanecer preso preventivamente até o julgamento popular.
Em março, Rafael passou por uma audiência de instrução, quando ficou comprovado em um exame de sanidade mental que o acusado não possui nenhum transtorno psiquiátrico.
Na fase investigativa do crime, Rafael confessou que no dia 7 de setembro do ano passado os envolvidos estavam fumando e conversando sobre política. Rafael entrou na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Benedito na do atual, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com a divergência política, eles começaram a discutir e entraram em luta corporal. Rafael, após cortar a mão, conseguiu retirar uma faca das mãos da vítima. Benedito saiu correndo e foi atrás para golpeá-lo.
Na briga, Rafael conseguiu acertar uma facada nas costas de Benedito, que caiu no chão. Na sequência, a vítima foi atingida com golpes nos olhos e garganta.
Ainda com vida, Benedito atingiu o acusado com uma pedra no rosto. Rafael procurou um machado e atingiu o pescoço da vítima. Ao todo, Benedito foi atingido 70 vezes com uma faca e um machado.
“Afirma, ainda, que houve uma brutalidade exacerbada no cometimento do delito, pois o autor dos fatos teria causado maior sofrimento ao ofendido, ao utilizar uma faca e um machado na execução do crime. Além disso, o Órgão Ministerial sustenta que o delito foi praticado com emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido, pois a vítima foi atingida pelas costas e, quando já estava caída ao solo, sem a possibilidade de oferecer resistência, ainda foi golpeada outras vezes.”, diz trecho do documento.
Apesar de ter sido pronunciado, a data do julgamento popular não foi marcada.
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