Os ministros Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Agricultura, Carlos Fávaro, estiveram na manhã deste sábado (17), em Diamantino, visitando o frigorífico da JBS, que sofreu um incêndio nesta semana. A ação faz parte de uma força-tarefa montada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), para ajudar na reestruturação da empresa e na manutenção do emprego de 1.400 colaboradores, que estão em férias coletivas por conta do incêndio. Também participaram o deputado Paulo Araújo e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
As atividades de abate de bovinos no frigorífico estão suspensas e os prejuízos já somam um montante de R$ 800 milhões, entre produtos arruinados, danos na estrutura do prédio e gastos com a reconstrução. Um quadro de tensão e insegurança de perder o emprego se instalou na cidade e nos municípios vizinhos como Alto Paraguai e Nortelândia.
“Nós somos solidários com toda população desta região, devido esse acidente. Vamos sair daqui com notícia boa: apesar de todas as dificuldades e da demora necessária para reestruturação física da empresa, a diretoria da JBS, vai garantir o emprego de todos os colaboradores que estão aqui. Então, vamos levar para o governador essa situação, e unir esforços do Estado, Município e União para ajudar esse grupo que está contribuindo com a economia de Mato Grosso”, afirmou Botelho.
Um prazo de seis meses foi estipulado como essencial para retomar o funcionamento do frigorífico de Diamantino. O CEO da companhia, Wesley Batista, espera que em aproximadamente 45 dias, uma parte dos abates, possa ser estabelecido.
“Vamos realizar a desossa em outras unidades até a totalização da reforma do prédio, reiterando que após certificação da empresa para o fornecimento ao mercado chinês, ampliarão a capacidade de abate de 1.000 para 3.600 cabeças por dia”, disse Wesley Batista, que está otimista na criação de mais postos de trabalho, a partir de junho de 2024.
Botelho disse ainda que vai propor indicações para agregar valor à empresa e região, incentivando a fabricação de gelatina e o beneficiamento do couro. O apoio também foi reiterado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
“Hoje, tivemos a tranquilidade de que esse projeto será retomado o mais breve possível, com ampliação e a manutenção dos empregos que tanto preocupava a população do médio norte”, disse Mendes.
A visita in loco, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é para assegurar que o Poder Público adote medidas práticas para minimizar os impactos do incêndio em Diamantino. “Tudo que for preciso para ajudar na liberação das licenças para ajudar na reconstrução será feito. A boa notícia é a ampliação, gerando mais 3.600 empregos e novas oportunidades”, frisou o ministro Fávaro.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os diretores do frigorífico estão conscientes da importância econômica da empresa para o Estado. “Vão fazer o possível para que até dezembro deste ano, voltem abater o gado e até julho do ano que vem, voltem operar 100%, inclusive dobrando a sua capacidade de produção. Antes do incêndio abatiam 1000 cabeças de gado, e quando retomarem a plenitude, serão 3600 abates. Temos certeza que aquilo que deu muita tristeza, vai agora com o trabalho de todos, dar muito alegria ao povo de Mato Grosso”, finaliza o secretário.
O caso
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio que atingiu o frigorífico da JBS teve início no setor de armazenamentos de paletes de madeira, caixotes e almoxarifado e acabou se espalhando rapidamente, devido à grande quantidade de material combustível.
Foram necessários 17 militares de três equipes do Corpo de Bombeiros para conter as chamas. Apesar dos danos materiais, ninguém ficou ferido.
REPORTER MT